Lembro que uma vez, anos atrás, Guruji foi para a parte oriental dos Estados Unidos para dar aulas e iniciação em Kriya Yoga. Durante esse período nós tivemos um leitor de serviço aqui que era muito seco, desinteressante e chato. Eu não sentia nenhuma inspiração, e então decidi não ir mais à capela. Pensei que seria mais proveitoso ficar meditando em meu quarto, então ficava lá e meditava.

Quando Guruji voltou, ele me chamou e disse: “Estou entendendo que você não está indo à meditação, é isso?”

Eu disse, “Mas, Mestre, estou meditando.” Nós amamos racionalizar, não é? Nós sempre temos desculpas aparentemente lógicas!

“Mas você não está indo mais à capela?”
Eu respondi: “Não, eu medito melhor no meu quarto; eu posso me aprofundar mais lá, o leitor é muito chato.”

Ele disse: “Você vai assim mesmo. Vá, não para ser inspirado pelo leitor, mas para buscar profundamente, dentro de si mesmo. Não seja dependente de ninguém; você está lá por uma razão, para comungar com Deus.”

Eu nunca esqueci isso. Foi uma grande e maravilhosa lição que permaneceu comigo. Quando se reunir com outros na meditação, esqueça-se de todos. Vá lá apenas para comungar com Deus. Não há dúvida de que, quando nossa vontade é fraca, a associação a um grupo com interesse ajuda a nos fortalecer. Se você estiver em sua própria casa, e há problemas a serem resolvidos, ou você teve um dia difícil, você pode dizer:

“Eu não vou meditar esta noite. Eu vou descansar. Hoje foi um dia realmente agitado.” Você escapa da meditação e depois outra vez, porque cada dia há alguma razão aparentemente legítima. Eu vejo alguém acenando com a cabeça em concordância, então você está me entendendo!

Quando alguma coisa tentar intimidá-lo, diga, “Não, eu devo ir ao grupo para meditar.” Mas vá pela reta razão, porque você quer fazer o esforço espiritual para mudar a si mesmo. Você não está ali para impressionar ou reformar ninguém. Nesse ambiente de meditação, há uma troca: os outros no grupo lhe dão força, e você dá força a eles.

Sri Daya Mata